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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Tudo o que devemos saber sobre-Primeiros Socorros


 Situações que todo o cidadão devia estar preparado para saber fazer o Suporte Básico de Vida

As manobras de SBV não são por si só, suficientes para recuperar a maioria das vítimas de paragem cardio-respiratória, destinam-se a ganhar tempo, mantendo parte das funções vitais até à chegada do SAV(Suporte Avançado de vida).

Actualmente, considera-se que existem três atitudes que modificam os resultados no socorro às vitimas de paragem cardio-respiratória:

  1.  Pedir ajuda, accionando de imediato o sistema de emergência médica;


Acesso Precoce (112)número europeu de socorro
O rápido acesso ao sistema de emergência médica assegura o início da cadeia de sobrevivência. Cada minuto sem chamar ajuda reduz a probabilidade de sobrevivência da vítima.

Quem liga para o 112 deverá saber informar:

  •  A localização exacta da ocorrência e pontos de referência do local;
  •  Nº do contacto telefónico;
  •  O que aconteceu (acidente, parto, falta de ar, dor no peito, etc);
  •  Nº de pessoas que precisam de ajuda;
  •  Se já foi feita alguma coisa (ex. controle de hemorragia)
  •  Qualquer outro dado que lhe seja solicitado (doenças da vítima, se as vítimas do acidente estão encarceradas, etc
2. Iniciar de imediato manobras de SBV;

O SBV permite ganhar tempo, mantendo alguma circulação e alguma ventilação até  a chegada de pessoal diferenciado para instituir os procedimentos de Suporte Avançado de Vida.

Como proceder:

1) Avaliar as condições de segurança- O socorrista nunca deve expor-se a riscos maiores  que a vitima.
  • Antes de abordar qualquer vítima deve avaliar as condições de segurança
2)  Avaliar se a vítima responde
  • Aproxima-se da vítima e pergunta em tom de voz alta “está bem?”, “sente-se bem”, enquanto a estimula batendo suavemente nos ombros
3) Se a vítima responder, pergunte o que se passou, se tem alguma queixa, procurando ver se existem sinais de ferimentos e se necessário vá pedir ajuda.
4) Se a vítima não responde, informe o reanimador 2 e prossiga a avaliação.
  • Se estiver sozinho peça ajuda gritando em voz alta “preciso de ajuda, tenho aqui uma pessoa desmaiada”. Não abandone a vítima e continue a avaliação.
5) É fundamental proceder à permeabilização da via aérea

  •  Desaperte a roupa à volta da vítima e exponha o tórax;
  •  Verifique se existem corpos estranhos dentro da boca (comida, próteses, secreções)
  •  Se existirem deve remove-los, mas somente se estiverem visíveis (as próteses dentárias bem fixas não devem ser removidas)
  •  Coloque a palma da mão na testa da vítima e os dedos indicador e médio da outra mão no bordo do maxilar inferior
  •  Efectue simultaneamente a extensão da cabeça (inclinação da cabeça para trás) e elevação do maxilar inferior (queixo)
  •  Ao efectuar a elevação do maxilar inferior não deve comprimir as partes moles do queixo, coloque os dedos apenas na parte óssea.
  • Após a permeabilização da via aérea, passa-se à avaliação de sinais de circulação (respiração e pulso).
6. Para verificar sinais de circulação deve manter a permeabilidade da via aérea, aproximar a sua face da face da vítima e:
  • Ver – se existem movimentos torácicos
  • Ouvir – se existem ruídos de saída de ar pela boca e nariz da vítima
  • Sentir – na sua face se há saída de ar pela boca e nariz da vítima
  • Palpar – pulso central
                                        = VOSP

Esta avaliação deverá ser feita durante 10 segundos.
Aquando da avaliação do VOSp deve procurar a existência de movimentos respiratórios normais, em caso de dúvida haja como se a vítima não ventilasse.
O pulso que deve ser pesquisado é o carótido. Ao palpar faça uma pressão suave de forma a não comprimir totalmente a artéria.
Em caso de dúvida haja como se a vítima não tenha sinais de circulação.
7.Se a vítima respira normalmente deverá continuar com a avaliação e se necessário coloca-la em posição lateral de segurança
 Colocar a vitima em Posição lateral
  • Após a colocação em PLS deverá ir pedir ajuda e regressar para junto da vítima reavaliando-a frequentemente

8. Se a vítima não respira mas tem pulso, o 2º elemento vai efectuar o pedido de ajuda diferenciada e o 1º inicia de imediato suporte ventilatório (10 insuflações por minuto), reavaliando sinais de circulação (VOSP) ao fim de cada minuto. Nunca fazer respiração boca a boca.Se não tiver material não o faça,Lembre-se está a por em risco a sua vida e dos seus,excepção conhecer muito bem a vitima.
  • Cada insuflação deve demorar cerca de 1 segundo, conte 5 segundos e volte a insuflar (ex. efectua a 1ª insuflação, e1, e2, e3, e4, e2; efectua a 2ª insuflação, ………..e 1, e 2, e 3, e 4, e 10, decima insuflação), ao fim de 1 minuto deve reavaliar sinais de circulação.
9. Se a vítima não tem sinais de circulação, o 2º elemento vai efectuar o pedido de ajuda diferenciada e o 1º inicia de imediato compressões torácicas.
Se estiver sozinho, após verificar que a vítima não respira ou não tem pulso, terá que abandoná-la para efectuar o pedido de ajuda diferenciada.
Se quando abandonou a vítima, esta tinha pulso, mas  não ventilava, deverá reavaliar sinais de circulação após o regresso.
  • Para iniciar compressões torácicas: (a vítima deve estar em decúbito dorsal, sobre uma superfície rígida com a cabeça no mesmo plano que o resto do corpo)

Decúbito dorsal-de barriga para cima

 Ajoelhe-se junto à vítima;
 Coloque a base de uma mão no centro do tórax;
 Coloque a outra mão sobre esta;
 Entrelace os dedos e levante-os, ficando apenas a base de uma das mãos sobre o esterno, de forma a não exercer qualquer pressão sobre as costelas;
 Mantenha os braços esticados e sem flectir os cotovelos, posicione-se de forma a que os seus ombros fiquem perpendiculares ao esterno da vítima.;


 Pressione verticalmente sobre o esterno, de modo a que este baixe cerca de 4-5 cm:
 Alivie a pressão, de forma que o tórax possa descomprimir totalmente, mas sem perder o contacto da mão com o esterno;
 Repita o movimento de compressão e descompressão de forma a obter uma frequência de 100/minuto;
 O gesto de compressão deve ser firme, controlado e executado na vertical;
 Os períodos de compressão e descompressão devem ter a mesma duração.



Outras Situações

Presença de fumo no local
  Evita-se respirar esse ar e remove-se a vítima do local o mais rapidamente possível.

Vítima electrocutada
  Nesta situação, torna-se necessário interromper de imediato o contacto, desligando-se a corrente eléctrica. Não se aproxime da vítima enquanto a corrente estiver ligada. A corrente eléctrica pode-se transmitir através do corpo humano, da água, dos metais, do solo molhado e, desta forma, electrocutar quem se aproxima da vítima.

Afogamento
  Não se deve fazer o salvamento, a não ser que se tenha formação específica. Pode lançar-se ou estender-se um objecto ao qual a vítima se possa agarrar (vara comprida, corda, bóia). Se a vítima estiver demasiado longe deve-se lançar um objecto flutuante.

Derrocada
  Se houver ameaça de derrocada, deve-se  retirar a vítima do local se não existir perigo para o socorrista.

Acidente na estrada
  Utiliza-se os sinais de pré-sinalização de perigo, estaciona-se o veículo a uma distância segura, de preferência atrás do local do acidente ou do veículo acidentado e acende-se as luzes de perigo.

Vítima em contacto com matérias perigosas
  Evita-se o contacto com a substância e retira-se sempre que possível a vítima do local. Ter em atenção a direcção do vento se a substância for um gás, nesta situação deve colocar-se no sentido do vento (evita a inalação do gás).

Envenenamento ou intoxicação
  Telefona-se para o Centro de Informação Anti-Veneno (CIAV) do INEM: 808250143. Para cada situação será informado sobre as medidas que deve tomar. Procura-se informação que possa ajudar o CIAV a identificar a situação: produto, quantidade usada, hora provável do uso.





2 comentários:

  1. oi Akita,pode me dizer onde podemos tirar esse curso.
    Obrigada
    Marina

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  2. Oi querida,na cruz vermelha lá te podes informar.Aqui tens o n.º de contato da sede nacional
    +351 213 913 900

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